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Writer's pictureEduardo Makino

Um brilho no mato.



Depois de um dia de trabalho, fui dormir nesta casa. Instalei minha rede perto de onde estava um senhor encostado no parapeito. No meio da madrugada, os cachorros me acordaram com os latidos, eles latiam em uma única direção. Os latidos eram insistentes como se tivessem visto algo. Ainda deitado, só abaixei um pouco a borda de rede para ver melhor. Não consegui ver quase nada, só uma mancha mais clara na floresta. Curioso, levantei, coloquei os óculos e, era uma mancha clara do tamanho de uma pessoa e com o formato de uma pessoa. Os cachorros não paravam de latir. Acendi um cigarro, na época ainda fumava, e fiquei no parapeito observando. Eu não acredito em espíritos, fantasmas, duendes ou fadas... mas tenho consciência que posso estar errado. Aquela mancha parecia me encarar insistentemente. Só não era constrangedor porque não sabia do que se tratava. Acabou o cigarro e resolvi deitar novamente, os cachorros enfim pararam de latir. Eu abaixei a borda da rede para ver... e a mancha tinha sumido. De manhã, acordei, fui mijar e aproveitar para investigar o lugar onde estava a mancha. Cheguei bem perto, mas não exatamente no lugar onde estava a mancha, tinha muitos galhos e era impossível passar. Enquanto mijava, os cachorros conseguiram passar pelos galhos e ficaram cheirando exatamente o lugar onde a mancha tinha aparecido. Depois de voltar para São Paulo eu comentei com um amigo, e ele disse que poderiam ser gases, de alguma coisa que foi enterrada por lá.


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